Eu recebi a recomendação do Convict Conditioning por um colega de fórum, estadunidense, e que utilizava o treinamento para se reabilitar de uma condição que o deixara com pouco peso para a sua altura. Peguei para ler o livro em meados de 2012 e achei que valia a pena tentar. O estilo de escrita de Paul Wade é envolvente, mas não coloco minha mão no fogo pela história do ex-prisioneiro e acho que ele exagera certas opiniões em favor do treinamento com o peso corporal e em detrimento do treinamento com pesos.
Eu nunca fui bom em esportes, mas durante uma época, na metade da faculdade, corria regularmente na orla da praia e fazia flexões e abdominais. As flexões sempre haviam sido um martírio, mas os abdominais eram meu ponto forte. Comecei a praticar o Convict Conditioning em agosto de 2012 e logo senti meu corpo um pouco mais ágil, um pouco mais resistente. No entanto, logo tive que interromper tudo por conta de uma mudança. Fiquei algumas semanas parado e voltei ao treinamento, desde o início, para no prazo de dois meses ter que abortar o projeto em meio a outra mudança.
No meio tempo, descompromissadamente, fiz a sequência de treinamento recomendada no Convict Conditioning 2. Não se trata de uma versão avançada do primeiro livro, mas um manual paralelo, com o objetivo de manter a flexibilidade. Graças a essa prática que finalmente consegui fazer uma ponte, começando deitado no chão e arqueando as costas mantendo o apoio nos pés e nas mãos.
Resolvi, finalmente, retomar o treinamento principal e me decidi a publicar na internet meus esforços, seguindo a orientação de que isso me ajudaria a me manter fiel ao programa e não desistir nos primeiros dias. Na segunda-feira, dia 9 de setembro, completei 50 dias desde o início do treino e pensei em fazer um balanço.
Pushups [flexões de braço]: A parte superior do meu corpo é a mais fraca e, naturalmente, as flexões de braço são exigentes para o meu físico. Comecei com o simples Passo 01 – Wall Pushups [Flexões Verticais na Parede] e logo atingi a progressão necessário para o Passo 02 – Incline Pushups [Flexões Inclinadas de Braço].
Dia 01: Wall Pushups – 3 séries de 40 repetições
Dia 22: Wall Pushups – 3 séries de 50 repetições
Dia 29: Incline Pushups – 2 séries de 15 repetições
Dia 50: Incline Pushups – 2 séries de 25 repetições; 1 série de 10 repetições
Leg Raises [elevações de perna]: Apesar das flexões serem o meu desafio particular, o exercício mais difícil entre os quatro recomendados de primeiro passo é exatamente o Passo 01 – Knee Tucks [Recolhimentos de Joelho]. Da primeira vez que segui o CC, tive dificuldade para descobrir a forma correta de fazer esse exercício. De alguma forma, desta vez, estou conseguindo fazê-lo com menos sofrimento e estou muito próximo de uma progressão para o Passo 02 – Flat Knee Raises [Elevações com Joelho em 90º].
Dia 01: Knee Tucks – 2 séries de 10 repetições
Dia 50: Knee Tucks – 3 séries de 40 repetições
Este é um excelente exemplo de como, mesmo sem progredir para o passo seguinte, em 50 dias há uma enorme diferença. De um total de 20 repetições divididas em 2 séries de 10, passei para 120 repetições, divididas em 3 séries de 40!
Squats [agachamentos]: Como não queria interromper os treinos como das outras duas vezes, resolvi começar bem lentamente, apenas com as duas sequências de segunda-feira. Foi somente na quarta semana que entrei com os agachamentos, já no Passo 02 – Jackknife Squats [Agachamentos Canivete] porque o Passo 01 é particularmente complicado para quem tem a parte superior do corpo fraca. Também não progredi para o passo seguinte neste, mas estou próximo e em um ritmo confortável e confiante.
Dia 26: Jackknife Squats – 2 séries de 20 repetições
Dia 47: Jackknife Squats – 3 séries de 25 repetições
Pullups [flexões de barra]: Essa é a única sequência dos quatro básicos que ainda comecei, mas que pretendo tomar coragem e encarar em breve!
Em resumo, não é nada excepcional, mas é uma demonstração clara de que eu estou progredindo e isso me satisfaz. Meu objetivo com esse treinamento não é estético, mas um relacionamento melhor com o meu veículo mais fundamental, o que eu uso para interagir com tudo o que percebo no Universo.